quinta-feira, 7 de julho de 2011

Copa do Mundo outra vez

Não tenho nada contra a Copa do Mundo. Muito pelo contrário, sou daqueles que assiste a todos os jogos sem sair da frente do televisor. Na semana anterior defendi a idéia de que a Copa não deveria ser no Brasil, pois favorece a poucos e continuo com a mesma idéia. Alguns defendem que o Brasil se modernizará através do evento. Isto não tem que acontecer pelo turista, devia acontecer por nós população. É um erro achar que como a responsabilidade é enorme, lucraremos todos ao final dos jogos. Mentira, poucos são os que lucram. A maior parte de nós perde é mais dinheiro e se sente ainda mais marginalizado.
Os que mais irão lucrar são do próprio governo. Sabemos como as coisas acontecem por aqui. Uma obra que custe 1 milhão, sairá por 2 milhões, pois alguns vão ganhar por fora. E de onde sai este dinheiro? Do nosso bolso mais uma vez. E olha que estou falando de muitas obras. São estádios, obras de infra-estrutura, aeroportos e tantas mais. Quem perde mais uma vez? O povo, que tem sua verba da saúde, educação, habitação e outras mais, desviadas por obras para a realização de um só evento “pra inglês ver”. Este termo é proposital. Você acha que a maioria de nós vai a algum estádio assistir alguma partida desta Copa do Mundo? O ingresso será muito caro e pouco acessível. Organizamos a Copa para o inglês, o francês, o norte-americano e a burguesia em geral ver. É literalmente isto. Aí vem a desculpa de que pelo menos ao final do evento teremos as obras de infra-estrutura em geral para usufruir. É verdade, mas estas obras deveriam ser feitas com ou sem Copa do Mundo. Elas deveriam ser uma obrigação dos nossos governantes. E deveríamos sempre cobrá-los.
Somos ainda mais marginalizados porque o futebol é popular, mas na Copa isto é mentira. Ele é elitizado e somente quem tem muito dinheiro tem acesso ao evento. Nós, menos abastados continuaremos assistindo na televisão. Os jogos continuarão a acontecer perto de nossas casas, mas parecerão muito mais distantes do que se fossem na Europa ou qualquer outro lugar do mundo. O esporte que outrora era popular é elitizado. Uma pena para o mais pobre que joga nos campos de várzea ou na própria rua, sonhando e se identificando com inúmeros craques que irão perambular pelos “palácios do futebol” que por aqui serão criados. O futebol que era do povo deixará de ser. Onde estão as arquibancadas, gerais e populares? Para que? No Brasil não há pobres mesmo ora bolas!?!?  
Temos o direito de reivindicar que façam bom uso do nosso dinheiro. Quando o Kassab, o Alckmin ou qualquer outro governante resolve aplicar o dinheiro público em um evento como este, tira o dinheiro do nosso bolso sem nossa autorização e investe onde bem entende. Isto está errado, o dinheiro deve ser aplicado onde o povo quer, e sabemos que a prioridade das pessoas é saúde, educação, emprego e moradia. Parece até que está sobrando dinheiro no país para tirarmos destas prioridades e investirmos em obras para agradar a Fifa e os organizadores da Copa no Brasil.
Pior, deve estar sobrando muito dinheiro em São Paulo para que o prefeito abra mão de mais de R$ 400 milhões para favorecer a um único clube de futebol. É impressionante o descaso e a incompetência de quem está administrando nosso dinheiro. 

quinta-feira, 30 de junho de 2011

A Fifa quer Copa do Mundo? Que faça

Adoro futebol, mas esta Copa do Mundo não deveria acontecer no Brasil. Além de sugar milhões em recursos do cidadão comum, ainda inflacionará muitas obras, porque no Brasil favorece-se a poucos em detrimento dos inúmeros.
Uma nova notícia que esta semana está me fazendo remoer de raiva são os incentivos fiscais a serem oferecidos pelo governo ao Corinthians para a construção do seu estádio. São mais de R$ 400 milhões para alguém fazer uma obra que não é pública e não renderá absolutamente bilheteria nenhuma ao governo. Que dinheiro mal empregado. Muitos passando fome, vivendo em condições mais do que precárias de saúde, sem teto para morar, e o governo paulista favorecendo um clube de futebol na construção do seu estádio.
Os governos não deveriam ter nada que se meter com Copa do Mundo. Se ela não acontecer, não muda nada na vida das pessoas, agora se a saúde, educação, infra-estrutura, entre outras pararem, aí sim é problema de governo.
Sabe o que é mais engraçado? Se o estádio for construído, os incentivos fiscais terão saído do povo, já que são estes que pagam os impostos, mas o patrimônio será privado de um clube de futebol, o que significa dizer que o “povo investe” no monumento, para quando precisar usar, pagar ingresso cuja arrecadação não volta em benefício do próprio povo, mas vai direto para o bolso do clube. Isto não tem lógica, já que se ao menos fosse um investimento em que o Estado fosse ressarcido ao longo dos tempos, faria até algum sentido.
Veja de maneira simplória o que estou dizendo. Alguém me pede para organizar uma festa, mas nem terreno eu tenho. Aí me conseguem um terreno de graça, mas eu ainda não tenho dinheiro algum para fazer a festa acontecer nele. Peço então que construam lá pra mim, já que como agora o terreno é meu, o patrimônio final também será meu. Consigo ainda não pagar nada para usufruir disto tudo ao longo de muitos anos, já que serão os outros que arcarão com toda esta dívida. E sabe o que é melhor? Vocês que se lascaram para construir tudo pra mim, no dia das festas terão que pagar para entrar e me ajudar a arrecadar ainda mais dinheiro com os eventos que lá acontecerão, ou seja, vocês me dão as coisas de graça, me ajudam a construir, me incentivam a manter, e quando tudo estiver pronto, ainda vou cobrar de vocês para entrarem lá. É tudo muito lógico nesta história, eu lucro muito e vocês se lascam mais uma vez.
Eu até hoje ainda não entendo o motivo de se fazer esta Copa no Brasil. Temos tantas necessidades mais imediatas do que construir ou reformar estádios e investir na redondeza. Aliás, olhem para a África e vejam o resultado da última Copa. Se gasta ainda mais agora para manter os estádios que foram construídos para o mundial. Corremos um sério risco de nos endividar com o evento, não o fazermos direito e ainda ficarmos com uma conta enorme para quitar e administrar. E tem aqueles que vão defender que é um investimento para o país crescer. Mentira. Quer atrair turistas? Invista em turismo e não em Copa do Mundo. Quer melhorar o espaço urbano? Invista nele não para a Copa do Mundo, mas porque enquanto moradores merecemos. Devemos investir para nós e não para os outros. A Fifa quer Copa do Mundo, que faça. 

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Saúde em primeiro lugar…

A saúde é uma das áreas sociais de maior importância, utilidade e necessidade dos seres humanos. Seus serviços envolvem a vida humana e nada pode ser mais pertinente ao homem do que viver.
Uma área que emprega e envolve o profissionalismo de milhões de pessoas pelo mundo todo. Pessoas trabalham em saúde de forma direta ou indireta, seja na prestação de serviços em hospitais, no desenvolvimento e venda de remédios, alimentos e suplementos, ou ainda mais indiretamente em algum outro tipo de prestação de serviço terceirizado.
Olharmos para a saúde no Brasil sempre foi preocupante, mas o descaso com a vida humana em alguns serviços públicos é estarrecedor e nos deixa boquiabertos. Desprezam completamente a vida humana. Qualquer indivíduo com equilíbrio mental vela por sua vida, evitando com todas as forças que lhe são cabíveis a morte. Curioso, que esta preocupação parece não fazer parte de algumas instituições do ramo da saúde no Brasil. Vejo insanidades que às vezes me fazem imaginar que não estamos em um mundo de homens, mas de animais. Não encare isto apenas como um desabafo, mas como uma realidade a cada dia mais presente em nossas vidas.
Sejam os hospitais privados e sua ganância capitalista por lucro e dinheiro, ou os hospitais públicos e sua falta de serviços de qualidade, ou ainda, a briga e incompatibilidade política na prestação dos serviços em muitas cidades.
Minha crítica aqui não é diretamente aos profissionais médicos e enfermeiros de uma forma geral, até porque muitos de nós acabamos nos vendo forçados a certas práticas ditadas e forçadas pelas instituições das quais pertencemos. Aliás, um importante teórico deste século, chamado Michael Foucault, estudou as relações de poder existentes na grande maioria das instituições em nossas sociedades e acabou revelando importantes indícios de como existe um poder intrínseco e incontrolável que permeia os sentidos das relações dos homens com estas instituições.
Voltando a falar a respeito da saúde ao nosso redor, verificamos claramente que virou pura mercadoria comercializável onde quem tem o dinheiro recebe bom atendimento, quem não tem está fadado a um purgatório sem fim.
Fora estas situações, inúmeras iniciativas de cunho político e burocrático são tomados, fazendo a população muitas vezes parecer uma bolinha de ping-pong jogada de um lado para o outro. O mais curioso é que nem parece ser a saúde, a mais delicada e imprescindível das dádivas do homem estar em jogo. 
A pessoa vai a um hospital, não pode ser atendida porque não mora naquela cidade, a outra, já em situação crítica faz o exame e deve aguardar em casa os resultados. Se morrer, pouco importa. Nem parece que estamos falando de um país civilizado e humanista. A constituição, por exemplo, defende direitos de saúde a todos os cidadãos deste país. Mas onde estão estes direitos? Onde está nosso progresso tão pregado em nossa bandeira? Onde está nossa capacidade de tratar o outro como ser humano e não como um cachorro que simplesmente morre e se enterra?
Enquanto o objetivo máximo da saúde continuar sendo o dinheiro e suas burocracias, estaremos perdidos.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Encontre e invista em vantagens competitivas

Uma grande parte de nós já deve ter percebido que somos os produtos que as empresas procuram para trabalhar. Somos a mão de obra, os que produzem, os que administram, os especialistas, entre outros. As empresas abrem vagas de emprego para encontrar funcionários a altura para o preenchimento dos cargos. Cada um de nós apresenta um conjunto de qualidades e de capacidades que podem fazer com que sejamos escolhidos ou não para uma nova oportunidade.
Assim como os produtos que consumimos todo dia precisa apresentar características como qualidade, embalagem, marca, assistência técnica, design avançado, entre tantos outros, nós trabalhadores também necessitamos desenvolver as especificações que podem valorizar nosso produto, que somos nós mesmos.
Existe um termo denominado vantagem competitiva que diz respeito a todas as especificações que possuímos que podem nos destacar no mercado em relação aos nossos concorrentes. Se você possui maiores qualidades técnicas e de relacionamento do que seus concorrentes, obtém uma forte vantagem competitiva que faz com que você se destaque no mercado de trabalho. Se apresentar maiores conhecimentos em uma área específica, ou falar mais de duas línguas, ou ainda ter uma formação universitária em uma instituição fora do país, pode considerar estas características diferenciais em relação a outros candidatos, e conseqüentemente, vir a usufruir destas como verdadeiras vantagens competitivas.
Em algumas vezes, não precisamos de diferenciais tão surpreendentes para ter vantagem no mercado, já que as características devem gerar vantagens em relação às qualidades e habilidades do outro. Se ele possui menores diferenciais que você, mesmo que os seus não sejam tão superiores, ainda assim, você gerará uma vantagem competitiva em relação ao concorrente. Claro, que quanto maiores forem suas aptidões, qualidades e características, melhores serão as chances de você surpreender e apresentar uma vantagem no mercado.
Por isto, cuide muito bem do seu produto que é você. Desenvolva muito bem suas habilidades. Adquira sempre novas experiências. Não perca a oportunidade de fazer novos cursos, de estudar novas técnicas, de desenvolver novas idéias, entre tantas outras coisas. Valorize-se, agregando mais valor a si mesmo.
Quanto mais capacitados e maior qualidade demonstrarmos ao mercado, melhoramos nossa embalagem. Nossa aparência e nossa exterioridade ajuda fortalecer nossa marca (nome) e seus atributos. Quanto mais investirmos em nós, maiores serão as nossas vantagens em relação aos outros que competem por uma mesma vaga conosco. Precisamos de vantagens.
Enquanto produtos que somos, temos que oferecer algo a mais para sermos contratados. Uma aptidão especial, uma roupagem que nos torne superiores aos outros, e especificações que surpreendam aqueles que tomam a decisão de adquirir um futuro trabalhador. Os melhores de nós, que transformarem suas qualidades em vantagem competitiva alcançarão o sucesso.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Olhe para você e note quem você vê

O caráter pode ser determinante na procura ou manutenção de um emprego. Ser honesto, íntegro e de boa índole pode ajudá-lo.
Se você é daqueles que quer levar vantagem em tudo, sem ao menos se preocupar se suas atitudes são corretas ou não, se prejudicam as pessoas ou não, se extrapolam os limites impostos pela sociedade ou não, pode ter certeza, você terá pouca possibilidade de obter sucesso profissional. Existem suas exceções e algumas pessoas de mau caráter podem até vir a ter sucesso, mesmo passando por cima de todos e tudo, mesmo enrolando e ludibriando os colegas de trabalho e os patrões, mas o mercado dificilmente tolera este tipo de atitude.
Por isto, quando for a uma entrevista de emprego, diga a verdade. Não finja ter experiência com o que não tem. Não diga ser o que não é. Seja você mesmo e diga a verdade quanto a suas qualidades e aptidões. Isto é preferível à mentira que mais tarde pode vir a tona e forçá-lo a revelar o que realmente é. Isto mostrará mais tarde, que você não tem caráter. Quando estiver trabalhando, seja honesto, ético, companheiro, respeitador, demonstre boa índole e nunca tente levar vantagem passando por cima dos outros.
No ambiente de trabalho, procure sempre demonstrar boa vontade para com as pessoas. Demonstre que você quer ajudá-las. Mostre que a empresa pode contar com você sempre, que você nunca vai utilizar os momentos propícios para tirar vantagem, mas que você é alguém íntegro, em quem todos podem confiar. Não tente tirar vantagem financeira dos outros e nem da empresa. Vale mais ganhar seu pequeno salário de forma limpa, do que correr o risco de manchar sua imagem e terminar pagando pela audácia e falta de escrúpulo. Nunca pense que outros fazem e por isto você também fará. Não pense que porque alguns políticos, empresários ou simples funcionários tiram vantagens de situações de poder ou oportunismo, você também pode ou deve fazer. Estas atitudes podem marcar sua história para o resto da vida. Mais vale ser conhecido como alguém trabalhador, competente, honesto e de boa índole, do que alguém que busca tirar vantagem em tudo.
Trate as pessoas com respeito. As mulheres do local de trabalho com dignidade. O chefe como alguém que dá rumo às ações da empresa. Os colegas de trabalho como membros da sua equipe.
Em um processo seletivo, se o entrevistador estiver entre você e outra pessoa com um perfil profissional idêntico, mas você tiver demonstrado melhor caráter, ele optará por contratar você.
Nosso caráter é mostrado em diversos acontecimentos que passamos na vida, como reagimos a eles e o que aprendemos com eles. Muitos fatores são determinantes: educação, cultura, cortesia, sinceridade, motivação, postura, nossos valores, entre outros. O caráter não é algo que nasce pronto, nem algo que não podemos mudar, por isto, independente de qual seja o seu, sempre vale a pena procurar melhorá-lo para se obter a confiança das pessoas não apenas na vida profissional, mas também no cotidiano.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Ética e comportamento correto

Existem algumas atitudes que deveríamos desenvolver para sermos mais éticos na busca ou permanência num emprego. Algumas pessoas já possuem certa dificuldade já que podem estar no desespero, pelo fato de um bom tempo de desemprego, passando por necessidades e a beira de um abismo.
O primeiro motivo pelo qual deveríamos desenvolver uma atitude mais ética é não sofrer e encostar a cabeça no travesseiro com tranqüilidade para dormir. Fazer os outros sofrer, ludibriar ou levar vantagem de forma mesquinha pode nos levar a angústia, ao remorso e a ficar com peso na consciência. Este tipo de sentimento é como um buraco da chuva, quanto mais o tempo passa, mais ele abre. As nossas feridas também são assim, vão crescendo e nos angustiando a cada dia, podendo levar o indivíduo a um sofrimento incontrolável. Claro, que não é apenas esta situação que nos leva a sofrer, mas se cuidamos bem das particularidades da nossa vida, podemos semear mais alegrias e bonança do que outras coisas.
O que devemos fazer?
Em primeiro lugar, aprender a respeitar os outros. Lembre-se sempre, seja ele um mendigo, o presidente da republica, seu pai, um ladrão ou qualquer outro indivíduo deste planeta, todos merecem os mesmos direitos e atenção como cidadão. Não queira você julgar e dar tratamento diferenciado às pessoas. Deixe isto para os órgãos competentes. Faça você a sua parte que é a de tratar a todos com dignidade e cidadania, respeitando-os.
Tenha empatia pelas pessoas. Não seja alheio aos sentimentos dos outros, mas busque compreender as situações. Quando alguém está sofrendo, tente ajudar de acordo com as possibilidades.
Saiba conservar os relacionamentos. Não vá atrás das pessoas apenas quando precisa delas, mas aprenda a cultivar amizades de confiança múltipla. Crie uma grande rede de relacionamentos.
Tente não ser agressivo ou violento. Se ficar nervoso com alguém, busque dialogar. Nem sempre isto é possível, inclusive existindo momentos em que perdemos a cabeça, passando a discutir e agir de forma impensada. O segredo é exercitar o autocontrole, buscando disciplinar os próprios impulsos para não ceder à fúria em momentos de raiva e frustração.
Não culpe os outros pelos seus próprios erros, nem tente dar explicações superficiais sobre o próprio comportamento condenável. Na maioria dos casos é melhor ser sincero. Claro que corremos riscos ao assumir os próprios erros. Podemos perder o emprego e ficar marcados, mas é muito pior para aqueles que são desmascarados mais tarde. É melhor ser tachado de errado, mas sincero, do que de mentiroso, artimanhoso e sem escrúpulos.
Agora uma dica importantíssima. Não fique criando uma conspiração contra os outros em prol de uma rápida ascensão profissional. Muitas pessoas ludibriam os outros, criam contendas internas, inventam situações, tentam derrubar os chefes e fazem de tudo para ocupar o lugar dos outros. Existem inúmeros psicopatas de escritório, pessoas deploráveis. Estas pessoas estão fadadas a muito sofrimento no futuro e muita decepção.
Enfim, seja um bom cidadão, trabalhador, amigo, solidário e confiável.

domingo, 15 de maio de 2011

Postura vencedora é imprescindível

Durante esta semana, uma aluna me fez lembrar o quanto muitos de nós somos inseguros e menosprezamos a nossa própria capacidade para fazer as coisas. O pior é que nem sempre as pessoas possuem a intenção de se rebaixarem e não confiarem na própria capacidade, mas é justamente isto que acabam fazendo.
Esta aluna que levarei como exemplo, é excelente estudante, está presente em todas as aulas, toma nota de todas as informações e possui um alto conceito com todos, mas possui um problema sério que está mais presente do que pensamos em nossas vidas. Falta acreditar, valorizar a si mesma e confiar que não é das piores.
Sempre tive um ótimo conceito de sua pessoa, mas para minha surpresa, no dia da avaliação final, quando entrei na sala com as provas, lá estava ela em um canto, encolhida e nervosa, com uma expressão tensa no olhar, temendo pelo pior. Quase não acreditei naquela expressão. Como pode alguém ficar daquela forma em uma avaliação, se sempre demonstrou ser uma das melhores alunas diante do restante da sala? Que falta de confiança era aquela? Como podia se rebaixar tanto? Enquanto ela estava ali, nervosa e determinada a fracassar, outros, que haviam faltado em várias aulas, não prestavam tanto atenção e quase não tinham estudado, demonstravam grande confiança. Parecia uma situação totalmente contrária do natural. Aquela que estava mais preparada era também a mais temerosa e pessimista. Aqueles que mal conheciam o assunto e estavam ali, em posição de vencedores, acreditando ser possível.
Sabe, isto é o que diferencia os vitoriosos dos fracassados. Os primeiros acreditam na vitória sempre, já os segundos, muitas vezes, são derrotados muito antes da batalha começar.
Sabe o que é pior? Ao final da prova, estive conversando com a representante de classe, que, aliás, havia tirado dez na prova, e, indaguei a respeito do comportamento desta outra pessoa. Era só na minha prova que se comportou assim? Este é o pior. Ela se porta desta maneira em todas as provas, em todas as situações de dificuldade, sempre se julgando incapaz e inferior aos outros. Não se achava preparada para nada na vida, sempre com receio de vencer.
Estas são as piores pessoas que existem. Possuem medo da vitória. Às vezes são as mais capacitadas, mas se colocam em uma situação de inferioridade e colocam tudo a perder. É impressionante como existem inúmeras pessoas assim. Muitas pessoas possuem postura de perdedores. Não acreditam nas próprias capacidades e sempre esperam pelo pior. Às vezes é até difícil compreender este comportamento, mas muita gente competente está fora do mercado de trabalho não é por falta de capacidade, mas por não acreditarem e se portarem como perdedores.
Só para vocês verem como este comportamento é cruel. Sabe como ela foi na prova? Muito abaixo das minhas expectativas. Sabe como foram muitos dos alunos que pareciam não serem capazes, mas se comportaram como vitoriosos? Muitos tiraram mais nota do que ela. É preciso mais do que os fracos podem oferecer. Acreditar não é recomendável, é preciso!