quinta-feira, 30 de junho de 2011

A Fifa quer Copa do Mundo? Que faça

Adoro futebol, mas esta Copa do Mundo não deveria acontecer no Brasil. Além de sugar milhões em recursos do cidadão comum, ainda inflacionará muitas obras, porque no Brasil favorece-se a poucos em detrimento dos inúmeros.
Uma nova notícia que esta semana está me fazendo remoer de raiva são os incentivos fiscais a serem oferecidos pelo governo ao Corinthians para a construção do seu estádio. São mais de R$ 400 milhões para alguém fazer uma obra que não é pública e não renderá absolutamente bilheteria nenhuma ao governo. Que dinheiro mal empregado. Muitos passando fome, vivendo em condições mais do que precárias de saúde, sem teto para morar, e o governo paulista favorecendo um clube de futebol na construção do seu estádio.
Os governos não deveriam ter nada que se meter com Copa do Mundo. Se ela não acontecer, não muda nada na vida das pessoas, agora se a saúde, educação, infra-estrutura, entre outras pararem, aí sim é problema de governo.
Sabe o que é mais engraçado? Se o estádio for construído, os incentivos fiscais terão saído do povo, já que são estes que pagam os impostos, mas o patrimônio será privado de um clube de futebol, o que significa dizer que o “povo investe” no monumento, para quando precisar usar, pagar ingresso cuja arrecadação não volta em benefício do próprio povo, mas vai direto para o bolso do clube. Isto não tem lógica, já que se ao menos fosse um investimento em que o Estado fosse ressarcido ao longo dos tempos, faria até algum sentido.
Veja de maneira simplória o que estou dizendo. Alguém me pede para organizar uma festa, mas nem terreno eu tenho. Aí me conseguem um terreno de graça, mas eu ainda não tenho dinheiro algum para fazer a festa acontecer nele. Peço então que construam lá pra mim, já que como agora o terreno é meu, o patrimônio final também será meu. Consigo ainda não pagar nada para usufruir disto tudo ao longo de muitos anos, já que serão os outros que arcarão com toda esta dívida. E sabe o que é melhor? Vocês que se lascaram para construir tudo pra mim, no dia das festas terão que pagar para entrar e me ajudar a arrecadar ainda mais dinheiro com os eventos que lá acontecerão, ou seja, vocês me dão as coisas de graça, me ajudam a construir, me incentivam a manter, e quando tudo estiver pronto, ainda vou cobrar de vocês para entrarem lá. É tudo muito lógico nesta história, eu lucro muito e vocês se lascam mais uma vez.
Eu até hoje ainda não entendo o motivo de se fazer esta Copa no Brasil. Temos tantas necessidades mais imediatas do que construir ou reformar estádios e investir na redondeza. Aliás, olhem para a África e vejam o resultado da última Copa. Se gasta ainda mais agora para manter os estádios que foram construídos para o mundial. Corremos um sério risco de nos endividar com o evento, não o fazermos direito e ainda ficarmos com uma conta enorme para quitar e administrar. E tem aqueles que vão defender que é um investimento para o país crescer. Mentira. Quer atrair turistas? Invista em turismo e não em Copa do Mundo. Quer melhorar o espaço urbano? Invista nele não para a Copa do Mundo, mas porque enquanto moradores merecemos. Devemos investir para nós e não para os outros. A Fifa quer Copa do Mundo, que faça. 

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Saúde em primeiro lugar…

A saúde é uma das áreas sociais de maior importância, utilidade e necessidade dos seres humanos. Seus serviços envolvem a vida humana e nada pode ser mais pertinente ao homem do que viver.
Uma área que emprega e envolve o profissionalismo de milhões de pessoas pelo mundo todo. Pessoas trabalham em saúde de forma direta ou indireta, seja na prestação de serviços em hospitais, no desenvolvimento e venda de remédios, alimentos e suplementos, ou ainda mais indiretamente em algum outro tipo de prestação de serviço terceirizado.
Olharmos para a saúde no Brasil sempre foi preocupante, mas o descaso com a vida humana em alguns serviços públicos é estarrecedor e nos deixa boquiabertos. Desprezam completamente a vida humana. Qualquer indivíduo com equilíbrio mental vela por sua vida, evitando com todas as forças que lhe são cabíveis a morte. Curioso, que esta preocupação parece não fazer parte de algumas instituições do ramo da saúde no Brasil. Vejo insanidades que às vezes me fazem imaginar que não estamos em um mundo de homens, mas de animais. Não encare isto apenas como um desabafo, mas como uma realidade a cada dia mais presente em nossas vidas.
Sejam os hospitais privados e sua ganância capitalista por lucro e dinheiro, ou os hospitais públicos e sua falta de serviços de qualidade, ou ainda, a briga e incompatibilidade política na prestação dos serviços em muitas cidades.
Minha crítica aqui não é diretamente aos profissionais médicos e enfermeiros de uma forma geral, até porque muitos de nós acabamos nos vendo forçados a certas práticas ditadas e forçadas pelas instituições das quais pertencemos. Aliás, um importante teórico deste século, chamado Michael Foucault, estudou as relações de poder existentes na grande maioria das instituições em nossas sociedades e acabou revelando importantes indícios de como existe um poder intrínseco e incontrolável que permeia os sentidos das relações dos homens com estas instituições.
Voltando a falar a respeito da saúde ao nosso redor, verificamos claramente que virou pura mercadoria comercializável onde quem tem o dinheiro recebe bom atendimento, quem não tem está fadado a um purgatório sem fim.
Fora estas situações, inúmeras iniciativas de cunho político e burocrático são tomados, fazendo a população muitas vezes parecer uma bolinha de ping-pong jogada de um lado para o outro. O mais curioso é que nem parece ser a saúde, a mais delicada e imprescindível das dádivas do homem estar em jogo. 
A pessoa vai a um hospital, não pode ser atendida porque não mora naquela cidade, a outra, já em situação crítica faz o exame e deve aguardar em casa os resultados. Se morrer, pouco importa. Nem parece que estamos falando de um país civilizado e humanista. A constituição, por exemplo, defende direitos de saúde a todos os cidadãos deste país. Mas onde estão estes direitos? Onde está nosso progresso tão pregado em nossa bandeira? Onde está nossa capacidade de tratar o outro como ser humano e não como um cachorro que simplesmente morre e se enterra?
Enquanto o objetivo máximo da saúde continuar sendo o dinheiro e suas burocracias, estaremos perdidos.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Encontre e invista em vantagens competitivas

Uma grande parte de nós já deve ter percebido que somos os produtos que as empresas procuram para trabalhar. Somos a mão de obra, os que produzem, os que administram, os especialistas, entre outros. As empresas abrem vagas de emprego para encontrar funcionários a altura para o preenchimento dos cargos. Cada um de nós apresenta um conjunto de qualidades e de capacidades que podem fazer com que sejamos escolhidos ou não para uma nova oportunidade.
Assim como os produtos que consumimos todo dia precisa apresentar características como qualidade, embalagem, marca, assistência técnica, design avançado, entre tantos outros, nós trabalhadores também necessitamos desenvolver as especificações que podem valorizar nosso produto, que somos nós mesmos.
Existe um termo denominado vantagem competitiva que diz respeito a todas as especificações que possuímos que podem nos destacar no mercado em relação aos nossos concorrentes. Se você possui maiores qualidades técnicas e de relacionamento do que seus concorrentes, obtém uma forte vantagem competitiva que faz com que você se destaque no mercado de trabalho. Se apresentar maiores conhecimentos em uma área específica, ou falar mais de duas línguas, ou ainda ter uma formação universitária em uma instituição fora do país, pode considerar estas características diferenciais em relação a outros candidatos, e conseqüentemente, vir a usufruir destas como verdadeiras vantagens competitivas.
Em algumas vezes, não precisamos de diferenciais tão surpreendentes para ter vantagem no mercado, já que as características devem gerar vantagens em relação às qualidades e habilidades do outro. Se ele possui menores diferenciais que você, mesmo que os seus não sejam tão superiores, ainda assim, você gerará uma vantagem competitiva em relação ao concorrente. Claro, que quanto maiores forem suas aptidões, qualidades e características, melhores serão as chances de você surpreender e apresentar uma vantagem no mercado.
Por isto, cuide muito bem do seu produto que é você. Desenvolva muito bem suas habilidades. Adquira sempre novas experiências. Não perca a oportunidade de fazer novos cursos, de estudar novas técnicas, de desenvolver novas idéias, entre tantas outras coisas. Valorize-se, agregando mais valor a si mesmo.
Quanto mais capacitados e maior qualidade demonstrarmos ao mercado, melhoramos nossa embalagem. Nossa aparência e nossa exterioridade ajuda fortalecer nossa marca (nome) e seus atributos. Quanto mais investirmos em nós, maiores serão as nossas vantagens em relação aos outros que competem por uma mesma vaga conosco. Precisamos de vantagens.
Enquanto produtos que somos, temos que oferecer algo a mais para sermos contratados. Uma aptidão especial, uma roupagem que nos torne superiores aos outros, e especificações que surpreendam aqueles que tomam a decisão de adquirir um futuro trabalhador. Os melhores de nós, que transformarem suas qualidades em vantagem competitiva alcançarão o sucesso.