quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Saudade de alguém especial

Quero escrever hoje sobre uma pessoa maravilhosa, linda, destemida, cativante, amiga, cheia de bondade, alegria e amor. Por fora e por dentro uma princesa. Alguém que deixará muita saudade em meu coração e no de muitas pessoas, pois nos foi tirada de maneira estúpida e brutal. Mas não escrevo esta coluna para falar desta brutalidade, ela nem merece ser recordada tamanho seu desfecho. Quero relembrar esta pessoa que amo com amor de irmão. Uma pessoa que não só marcou minha vida, mas deixou nela muitos traços cativantes e encantadores. Sou extremamente agradecido a Deus por ter me permitido fazer parte de sua vida, ter lhe conhecido e merecido a sua amizade. A saudade deixada é indescritível, mas acredito integralmente que neste momento ela está em um lugar muito melhor, usufruindo dos grandes prazeres e felicidades a ela e a todas as boas pessoas proporcionadas.

Antes de prosseguir, me deixa explicar de quem estou falando, e já adianto que não tive nenhum exagero em minha descrição até aqui. Provavelmente a pessoa de quem estou falando todos vocês conhecem, pois está constantemente presente na mídia pelos acontecimentos das últimas semanas. Trata-se de Vanessa de Vasconcelos Duarte de 25 anos, que foi assassinada cruelmente por alguns animais que nem merecem registro. Trata-se de uma de minhas melhores amigas, uma pessoa que esteve constantemente presente em minha vida nestes últimos 11 anos. A conheci em 2000 e é impossível referir-me a minha vida sem relembrar ela, já que é uma amiga inseparável de minha esposa. Cresceram juntas desde o nascimento e sempre foram grandes confidentes. Praticamente a conheci no dia em que conheci minha esposa, já que é praticamente impossível me referir a minha mulher sem lembrar da Vanessa e de sua irmã.

Não é nenhum exagero dizer que minha esposa é irmã das duas, já que apesar de terem mães e pais diferentes é bem verdade que a vida toda foram muito mais do que irmãs, compartilhando coisas boas e ruins, segredos e outras coisas mais. Choraram e sorriram juntas, e é impossível não se lembrar dela como parte essencial de minha vida, estando presente conosco em praticamente todos os momentos importantes ou não.

Não tenho dúvidas de que neste momento compartilha de ótimos momentos ao lado de Deus. Atesto, como muito de seus familiares e amigos, que era uma pessoa verdadeira, íntegra, trabalhadora e de grande bondade. Possuía muitos sonhos como casar, ter filhos e viver uma grande vida ao lado das pessoas que amava. Teve este caminho encurtado muito cedo, mas mesmo assim não deixou de contribuir com a humanidade sendo um grande exemplo de amor e solidariedade. Perdemos uma grande pessoa aqui na Terra, mas Deus ganha uma excelente filha lá nos céus. Tenho certeza que sua beleza, simplicidade, autenticidade, sabedoria e inteligência contribuirão muito para deixar o jardim celeste muito mais belo e perfeito. A nós que ficamos, saudade e esperança de um dia nos encontrarmos e podermos reviver juntos bons momentos. À sua família, que também considero parte da minha, muita paz, consolo e amor. Tenho certeza que a Nessinha olhará por nós e intercederá a Deus para que tenhamos uma vida realizada como aquela que ela mesma sonhou para si. Até breve amiga!!! 

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Dicas para aproveitar melhor os estudos

Gostaria de aliar minhas experiências de professor universitário com este início de ano, onde muitas pessoas ingressam em faculdades, cursos técnicos ou de aperfeiçoamento da carreira, para oferecer algumas dicas de melhor aproveitamento dos estudos, a fim de auxiliar na construção de uma carreira profissional de sucesso.

Sabemos, por experiência, que a maioria das pessoas começam um curso empolgadas, imaginando as transformações em sua vida, mas que aos poucos esta euforia vai sendo reduzida, necessitando constantemente voltar a ser suscitada. Isto é normal, pois conforme avançamos nos estudos, encontramos mais obstáculos ou até mesmo conteúdos inesperados e indesejados. O que não podemos é perder a motivação. Temos que estar preparados, pois não passaremos o curso 100% satisfeitos e animados. Temos que lembrar que atravessaremos problemas, dificuldades, e que, necessitamos de preparo para não sucumbir e desistir.

Um conselho que eu dou a qualquer um é: preste muita atenção nas aulas. Sei que as pessoas trabalham, acordam cedo, estão com muito sono nas aulas, mas posso garantir que quase 100% dos alunos que dedicam uma atenção especial às aulas, possuem um aproveitamento muito superior aos outros. Aliás, muitos dos meus alunos asseguram que quando se esforçam nas aulas, não precisam estudar muito para as provas, já que absorveram quase todo o conhecimento nas explicações dos professores. Claro que precisamos avaliar a capacidade dos mesmos, pois nem todos conseguem explanar totalmente os assuntos, mas exercitar a atenção pode ser fundamental para um maior aproveitamento no curso.

Outro detalhe importante é quanto às anotações. Não se esqueça de marcar tudo o que julga importante. Preste atenção porque geralmente o professor dá muita ênfase àquilo que é essencial. Tome nota do que ele fala. Grife o que é importante. Tudo isto ajuda a exercitar a atenção também.

Não deixe de cumprir os prazos que são determinados. Entregue os trabalhos na data, compareça aos compromissos agendados. Nas empresas tudo tem data. Na escola também deve ser assim.

Não se esqueça da importância de aliar o teórico ao prático. Nem todos os alunos compreendem isto. Às vezes, marcamos algumas visitas técnicas em estabelecimentos comerciais ou outras atividades práticas do que é visto em aula. Por incrível que pareça, muitos não gostam. Isto é importantíssimo. Não basta aprender teoria, tem que viver na prática. Se você não tem este tipo de atividade, busque aplicações práticas para o que você aprende no seu dia a dia, isto ajuda muito.

Faça os exercícios requeridos, pois facilitam a fixação do conteúdo aprendido. Este é o momento de treinar para fazer direito. Os jogadores de futebol treinam, os militares também, entre tantos outros. Precisamos do mesmo: exercitar para fazer melhor.

Nunca se esqueça de fazer amizades. Seja companheiro dos outros, ajude aqueles que precisam e você verá o quanto isto facilitará sua vida. Quando alguém tem alguma dúvida e você sabe resolvê-la, ajude. Você verá que sua explicação faz você memorizar e compreender ainda melhor o assunto, já que está exercitando o raciocínio e a capacidade de comunicação.
Não esqueça: aprender requer mais de você do que dos outros! Ao final se não aprendeu como queria, uma parte da culpa é sua.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Aprendendo a conversar

Quando estamos frente a frente em uma conversa com uma ou mais pessoas, precisamos conquistá-las para que nos ouçam. Isso não é tarefa fácil. É cada dia mais dispendioso fazer com que os outros disponham de um tempo para nos ouvir. Mas precisamos ganhar a platéia ou mesmo uma pessoa qualquer. Não podemos esquecer, que sem pelo menos duas pessoas não há o diálogo. Eu não converso com um espelho, pois quando isso acontece estou na verdade exercitando a reflexão.

Um passo importantíssimo é compreender que não nos é necessário ganhar a opinião do outro, ou seja, fazê-lo comprar nossa idéia. Mais importante do que isso é fazê-lo nos ouvir. Prestar atenção em nossas palavras e estar disponível e atento ao que falamos.

Uma das piores coisas em um diálogo é quando o outro não está interessado no que estamos falando. Pior ainda é quando este outro já tem uma idéia fixa, pré-moldada e que não a muda de forma alguma. Com este indivíduo, dificilmente será estabelecida uma conversa franca e sincera.

Em uma entrevista de emprego ou em nossa atuação diária na empresa, precisamos fazer bom uso dos momentos que temos para falar. Necessitamos ganhar nosso interlocutor, fazê-lo prestar a atenção em nossas idéias e estar disponível às nossas falas e opiniões.

Quando isso não acontece, temos um árduo trabalho de ganhar o ouvinte. Na maioria das vezes é mais difícil do que parece. Existe algo chamado primeira impressão, que é decisivo para atrair a atenção do outro. Até conseguimos ganhar o outro na segunda impressão, mas já passa a ser mais difícil.

O melhor caminho para ganhar o outro é em primeiro lugar informar fatos, depois contar sua história, a seguir indagar a opinião do outro, e por fim estabelecer o diálogo.

Quando começamos uma conversa com fatos, coisas reais, acontecimentos e não nossa opinião, geralmente ganhamos o interlocutor. Não falamos o que pensamos, mas realmente o que aconteceu. A seguir ele estará atento esperando nossa opinião sobre o fato. Por exemplo, um recrutador te pergunta por que você gostaria de trabalhar naquela empresa. Em primeiro lugar, traga-lhe o fato. Diga-lhe com detalhes o que mais te chamou a atenção na empresa, sua política de trabalho, seu prestígio no mercado, entre outras possibilidades que te chamou a atenção. Somente a seguir você exporá sua opinião sobre tudo. Antes da opinião precisam vir os fatos.

Antes de discutir com alguém, por exemplo, sobre política, religião, economia, futebol, relacionamento ou qualquer outra coisa, exponha fatos concretos e acontecimentos.

Depois dos fatos, você pode expressar a sua opinião, contar a sua história, a visão que você tem dos acontecimentos e das idéias. Quando você inicialmente relatou fatos, ganhou o ouvinte, conseguiu sua atenção e fez com que o mesmo passasse a te ouvir.

Depois de expressar a opinião, é hora de ouvir o outro. Peça para que ele opine também e o ouça com atenção. Lembre-se que o que você quer estabelecer é o diálogo, não um monólogo.

Ao permitir o outro falar e opinar, geralmente você iniciará um diálogo, uma conversa franca e possível de acontecer. Deve acontecer democracia.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

E o emocional?

Existem momentos ao longo da vida em que nos descontrolamos emocionalmente. Somos passíveis a isso e não existe nenhuma anormalidade naqueles que deixam aflorar seus sentimentos. Isso demonstra que estamos vivos, que sentimos pelas coisas que acontecem ao nosso redor. Quando perdemos alguém, por exemplo, demonstramos toda a nossa tristeza, até mesmo a nossa revolta. Não existe nada de errado com estes sentimentos, desde que consigamos retornar ao nosso estado emocional normal.

Esse retorno ao estado pacífico das coisas é imprescindível. Se continuarmos a sofrer por anos e anos, sem conseguir elaborar aquela perda ou problema, passaremos a ter estados de dependência emocional de pessoas, coisas e lugares. Quantas pessoas não ficam deprimidas e necessitam ir para um lugar específico a fim de voltar ao estado normal? Quantas ainda não dependem de outras pessoas para ficarem felizes? Esse tipo de pessoa não está no estado emocional normal, precisando de um encosto para viver.

É uma dependente, como aquele viciado em alguma coisa. A mente fica à mercê de possibilidades nem sempre controláveis. O sujeito neste caso está doente e é imprescindível lutar para que o quadro não chegue a este ponto. Todo ser humano necessita de equilíbrio emocional, a fim de entrar e sair de sentimentos como tristeza, frustração e euforia. É isto mesmo. É necessário sair deles. Quem se acostuma e gosta da tristeza é um dependente.

Nosso grande problema emocional encontra-se quando não conseguimos nos controlar, deixando de domar e ter o controle de nossas ações. Isso é perigoso não apenas na vida civil, mas também em todas as outras áreas, como a afetiva, a intelectual, bem como a profissional.
Aliás, falar em vida profissional, talvez seja a de maior complicador em nossa vida, pois ela é que nos mantém vivo, possibilitando tirar o conteúdo de nossa sobrevivência. É também a vida profissional que nos aproxima da maioria das pessoas e nos possibilita novos sonhos para o dia seguinte.

Quando nos descontrolamos e permitimos que as emoções ditem nossa vida profissional, podemos perder as rédeas da razão e agirmos de forma impensada.

Existem inúmeras pessoas que se descontrolam perante chefes ou diante da pressão do dia a dia. Desconta nos outros ou ficam deprimidas fechando dentro de si os sentimentos negativos. É necessário tomar muito cuidado com os sentimentos que explosivamente deixamos aflorar. Primeiro porque pode nos fazer perder o emprego. Ser processados ou demitidos por justa causa. E principalmente porque fazer ferver nossos sentimentos pode prejudicar muito a saúde. Imagine uma panela de pressão próxima a estourar. É a mesma coisa.

Mas qual a solução para tudo isso? Não existe uma fórmula mágica. O que precisamos é não alimentar esses sentimentos negativos. Não deixar as coisas crescerem. Ter raiva, tristeza e ficar fora de controle, em alguns momentos pode até ser normal. O que não pode é acontecer todo dia e todo momento. Isso é não ter controle emocional. Isso é cultivar sentimentos e atos ruins e prejudiciais, que podem levar a conseqüências impensáveis.